top of page

O que acontece se não fazer o Inventário: Multas e as Consequências de deixar para depois

  • Foto do escritor: Juliana Marsal
    Juliana Marsal
  • 12 de ago. de 2024
  • 3 min de leitura


O processo de inventário é fundamental para a regularização da transferência de bens após o falecimento de uma pessoa. No entanto, muitas famílias adiam ou até mesmo evitam esse procedimento, sem entender as graves consequências que essa atitude pode acarretar. Neste artigo, abordaremos o que acontece se o inventário não for realizado, as multas envolvidas e por que adiar essa decisão pode trazer prejuízos irreparáveis.


1. A Importância do Inventário:


O inventário é o procedimento jurídico que formaliza a transferência dos bens deixados por uma pessoa falecida para os herdeiros legais. Sem ele, os bens não podem ser legalmente transferidos, o que impede a venda, doação ou qualquer outra forma de alienação dos mesmos. Além disso, a falta de inventário pode causar disputas familiares, já que não há um reconhecimento oficial de quem são os herdeiros e quais são os bens a serem distribuídos.


2. Consequências de Não Fazer o Inventário:


Quando o inventário não é feito, a situação dos bens deixados pelo falecido fica em um limbo jurídico, o que pode levar a diversas complicações:


  • Impossibilidade de venda ou administração dos bens: Os herdeiros não podem vender, alugar, hipotecar ou, de outra forma, dispor dos bens sem a regularização via inventário. Isso pode resultar em perda de valor do patrimônio, especialmente em casos de imóveis que ficam desocupados e sujeitos a deterioração.


  • Disputas Familiares: Sem um inventário, é comum surgirem desentendimentos entre os herdeiros sobre a divisão dos bens, o que pode resultar em litígios judiciais prolongados e desgastantes.


  • Complicações Tributárias: Além de impossibilitar a venda ou transferência dos bens, a falta de inventário pode levar a problemas com a Receita Federal, que pode interpretar a ausência do procedimento como uma tentativa de sonegação fiscal.


3. Multas e Penalidades:


A legislação brasileira impõe prazos e multas severas para quem deixa de fazer o inventário no tempo devido:


  • Prazo para iniciar o inventário: O prazo legal para dar início ao inventário é de 60 dias a contar da data do falecimento. Se esse prazo não for cumprido, os herdeiros estarão sujeitos ao pagamento de multas, que variam de estado para estado, mas podem chegar a 20% do valor do ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação).


  • Multas acumulativas: Além da multa pelo atraso no início do inventário, os herdeiros também podem ser penalizados com multas diárias até que o processo seja iniciado, aumentando consideravelmente o valor final a ser pago.


  • Aumento de impostos: Com o passar do tempo, o valor dos bens, especialmente imóveis, pode aumentar devido à valorização do mercado. Isso significa que, ao adiar o inventário, os herdeiros podem acabar pagando mais impostos do que se o procedimento fosse realizado dentro do prazo.


4. O Risco de Perda de Bens:


Deixar de fazer o inventário pode resultar na perda total ou parcial dos bens herdados. Em alguns casos, credores do falecido podem reivindicar o pagamento de dívidas com os bens do espólio, e sem a proteção legal do inventário, os herdeiros podem perder esses bens. Além disso, o Estado pode, em última instância, considerar os bens como abandonados e revertê-los para o patrimônio público.


Conclusão:


O inventário é uma etapa indispensável para garantir que o patrimônio do falecido seja devidamente transferido aos seus herdeiros. Adiar ou ignorar esse procedimento pode resultar em multas significativas, complicações judiciais e até a perda dos bens. Portanto, é crucial que as famílias se conscientizem da importância de iniciar o inventário o mais rápido possível, garantindo assim uma transição tranquila e segura do patrimônio para as próximas gerações.


Se você está passando por essa situação ou conhece alguém que esteja, não espere mais para regularizar o inventário. Entre em contato com um advogado especializado e evite dores de cabeça futuras.


Esperamos que este artigo tenha esclarecido suas dúvidas sobre invetário.


Caso você queira conversar mais sobre o assunto, entre em contato com nosso escritório.




Comentários


bottom of page